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Artropatia de Charcot

  • orlandofmelo
  • 18 de jul. de 2023
  • 2 min de leitura

A artropatia de Charcot, também conhecida como neuroartropatia de Charcot, é uma complicação grave e progressiva que afeta as articulações, especialmente os pés e tornozelos. É uma condição rara, mas significativa, que ocorre principalmente em pessoas com neuropatia periférica, como aquelas com diabetes mellitus. Essa patologia é caracterizada por alterações estruturais nas articulações devido à perda da sensibilidade e à deterioração do tecido ósseo e articular. A neuropatia periférica resulta em uma diminuição ou ausência de sensação nos pés, o que pode levar a lesões e fraturas ósseas não percebidas. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da artropatia de Charcot incluem neuropatia diabética, diabetes de longa duração, má circulação sanguínea nos pés, trauma repetido ou lesões nos pés, doença vascular periférica e obesidade. Os sintomas iniciais da artropatia de Charcot podem incluir vermelhidão, inchaço e calor nas articulações afetadas. À medida que a condição progride, podem ocorrer deformidades articulares, instabilidade nas articulações, úlceras (feridas abertas) persistentes e dificuldade para caminhar. O diagnóstico da artropatia de Charcot é baseado em uma combinação de história clínica, exame físico e exames de imagem, como radiografias, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). Esses exames ajudam a identificar as alterações estruturais nas articulações afetadas. O tratamento da artropatia de Charcot é complexo e requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo médicos especialistas em diabetes, ortopedistas, enfermeiros e fisioterapeutas. Os objetivos principais do tratamento são reduzir a dor, prevenir deformidades e úlceras, promover a cicatrização de feridas e melhorar a função do pé afetado.

As opções de tratamento podem incluir: 1. Imobilização: o uso de dispositivos de suporte, como órteses, botas ou gesso, é frequentemente necessário para imobilizar a articulação afetada e permitir a cicatrização. 2. Alívio da pressão: é essencial redistribuir a pressão sobre o pé para prevenir úlceras. Isso pode ser alcançado com o uso de palmilhas especiais, calçados adaptados ou o uso de muletas. 3. Tratamento da infecção: se houver presença de úlceras ou infecções, é necessário tratá-las adequadamente com curativos apropriados e possivelmente terapia com antibióticos. 4. Fisioterapia e reabilitação: a fisioterapia desempenha um papel importante no fortalecimento muscular, na melhoria do equilíbrio e na restauração da função do pé afetado. 5. Cirurgia: em alguns casos, quando outras medidas não são eficazes, a cirurgia pode ser considerada para realinhar as articulações deformadas e corrigir problemas estruturais. É importante buscar atendimento médico adequado para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento apropriado. Cada caso é único, e um profissional de saúde da área de ortopedia pode oferecer orientações personalizadas com base nas necessidades individuais.


 
 
 

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